Em gesso molduras, em mim vestígios,
Num tear obscuro emoldurado
Passam fotografias nuas
Que mudas riem do passado
Que sofro eu! na pétrea sala, aflita,
Quando à varanda tudo em instante migra
E à parede, jovens parentes
Mortos riem do presente
Minha vida ao futuro devo
E um desenlace do viver espero
Sorrir à isso, quer maior perjúrio?
Mas se ao conforto um instante cedo
Deixo às fotografias, por seu tempo estéril
O direito de zombar do futuro.