Não há o fim
da poesia
Um poema não se pára com grunhidos
Porquesnkjvvfs
e afhkvfdo.
Nem com blitz cones multas:
um poema inadimplente
tem um quê de mulher madura
e não se pára a poesia com olhares!
todo estopim de rima
continua, magnético,
como amores de transportes públicos.
Mesmo que arda.
Não há o fim
da poesia
nem quando acaba o amor
os entremeios sentimentalistas
são como o fim do verso
são como o ar
que fica
onde caberia toda a virtude do lirismo e há nada
[como ao final verídico de um filme muito triste
a falta da mentira causa asco
livre de culpa]
e gera uma revolta louca e eterna
até somente a próxima estrofe,
estação ou vida
já que se encomprida
ah!
e que se encomprida
certamente
na próxima estrofe,
estação ou vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário