domingo, 14 de agosto de 2011

Soneto de contemplação; 02.08.11 - 15:00

Que tem de doce a vida quando em mim explode? 
Um chumaço do frasco da minha ferida 
A cada dia morre como incandescência 
E como cala o dia quando precipita... 
 
O meu amor todo verso encomprida 
A cada nova estrofe, de querer somente 
O peito morde, e o calar da vida 
Canta os veraneios de novo afluente.  
 
E agora tola, e feliz tola ou muda 
Muda dos versos que já não me descem 
Ou das miúdas coisas tolas que semeio; 
 
Porque o silêncio conta a coisa aguda 
Dos que sentem tanto, e que se não fenecem, 
Fazem da vida a agulha no febril palheiro.

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