Na noite densa, traz de pérolas um candelabro
Maldiz terrena seiva de belezas muitas
Mas como brilha, como o tempo não é comemorado!
Quando a noite tarda e não escura...
Então faz fogo e clama que se é luz, é pura
Beija o céu molhado, canta minha tristeza
Conta à Lua que o céu não sabe pureza
Que nada no mundo remete à ternura
Que sou, que penso, naquela relva falha,
Que pareço enquanto a pérola me altiva
Pois amor, aviso, a manhã aproxima,
E se o encanto da Princesa a meia-noite leva
A escuridão encobre só o que demora
E o que o Sol não seca o desgosto finda.
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