domingo, 14 de agosto de 2011

Soneto da penumbra; 22.05.11 – 23:00


Na noite densa, traz de pérolas um candelabro
Maldiz terrena seiva de belezas muitas
Mas como brilha, como o tempo não é comemorado!
Quando a noite tarda e não escura...

Então faz fogo e clama que se é luz, é pura
Beija o céu molhado, canta minha tristeza
Conta à Lua que o céu não sabe pureza
Que nada no mundo remete à ternura

Que sou, que penso, naquela relva falha,
Que pareço enquanto a pérola me altiva
Pois amor, aviso, a manhã aproxima,

E se o encanto da Princesa a meia-noite leva
A escuridão encobre só o que demora
E o que o Sol não seca o desgosto finda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário