sábado, 19 de novembro de 2011

Do alvorecer das rosas; 07.03.11

Falam as mudas, miúdas sementes
Acentue artigos se assim quiser,
Palavras coadas, talhadas por dentres,
Transcritas na forma de Mulher.

Por cá alcunham-me jardim,
Eu, célebre enfado e perecimento
E seus timbres resvalam cheiros
Que colorem-me - sou belo um momento.

Pedem-me então, as rubras,
Coradas, perenes - atônitas -
Qu'eu cubra dos passaredos
Os olhos, de suas vergonhas.

Que culpa tem, (se suspiram!)
Que as rosas, se expostas ao vento
Deitadas, desgrenham, inspiram
O desfolhar do próprio tempo...

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