sábado, 19 de novembro de 2011

No A.A.; 29.08.11

Todo dia
se sento
tenho o tento de levantar
antes de pausa
ou pouso no sofá
Não ponho mais
os pés
na cadeira
porque minha mãe não deixa
e Bukowski disse
que não é assim
E se vou ao carro
e não tenho carro
é que meu espelho
me deixa enorme
e Kafka gosta de naftalina
no porta-luvas
Pro almoço eu vou sozinha
é self-service
é self-vive-se
e deus morreu
como assente Nietzsche
de dentro do piano
Que toco enquanto perco os ouvidos
o que me lembra meu
eu benigno
enquanto pinto
[van gogh não conheceu beethoven]
Quando sonho então
com o paraíso
sou Kahlo ou Poe?
sou ou não sou?
E antes de entornar de novo o vinho
antes que vire
Caio Fernando
e acabe amando
algum Jorge Amado
vou indo embora
que se durmo
é um pesadelo!
pensem vocês que dei
por ver agora
gente viva.

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