domingo, 18 de dezembro de 2011

Decrescente; 15/12/11

Que chuva é essa que aqui me toma?  
às costas toca enquanto enxuga o rosto 
e jamais, jamais desemboca 
além de meus bolsos. 
 
Riscando à unha o céu minguado, 
tende ao meu lado mais exasperado 
mas pela rua passa, por mim... 
e numa poça pousa. 
 
Que chuva que jamais acaba!, 
tanto me lava que já não a sinto 
mas por razão qualquer não me encharca 
toca apenas, e suo, e pingo. 
 
Desritmada como esse poema 
faço-me pequena e tombo a cada passo 
como o silêncio da chuva fosse 
embaraço ou pena. 

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