terça-feira, 5 de junho de 2012

Um Trato Na Tempestade; finzinho de abril


Quando pensava em bruma - névoa
e em trégua, então? Que covardia...
Iam as horas, o barco, a proa e espuma;
Tudo era réstia de guerra na baía.

Se vinha a areia e aos pés acarinhava
Minha pele quente a desmentia
Abocanhava um punhado, contornava,
E entregava num escarro à agua fria

Mas hoje o mar parecia tão coitado
[Acho que até quem já não mais se debatia
Mereceu menos prece de vida]

Que todo amor de meu peito fustigado
Desceu chorando o sangue da guerrilha,
E amou, mais que à ferida,
O beijo que a adormecia...

Nenhum comentário:

Postar um comentário