segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Acho que nado contra a corrente

Porque lutas contra o amor
Quando este se faz presente?
Por que, Meu Deus, por quê?
Acho que nado contra a corrente.

Que estupidez também a deles!
Tão difícil está achar,
Num mundo de corações gelados
Alguém pra se compartilhar.

Mas veja bem que sorte a minha
Logo eu, tão ameno!
Achei alguém que vale a pena
Nesse mundo nem tão pequeno.

Se a visse hoje agora,
Não entenderia do que falo.
Não é daquelas que vem embrulhada:
Veio montada em seu próprio cavalo.

Não carrega o próprio sol
Nem cria órbitas, ou o que seja.
Atrai pra si as pequenas luzes
Mesmo as de pouca beleza.

Não tem nome de amada
Não soa bem com rima alguma
Mas seu nome se encaixa no meu
Como só o dela e de mais nenhuma.

Não finge achar graça
De nenhuma de minhas piadas
Mas ri como só ela
De todas as minhas cantadas.

Quando gira os olhos,
Penetra-me bem fundo
E quando sorri de lado
Ensina-me sobre o mundo

Já não me visita faz tempo,
Mas não me venha com conclusões!
Nem tudo é como nas histórias
E se finda em desilusões.

Não está morta nem ferida, nem deixou de me amar
Tampouco virou poeta,
Foi pra guerra ou ficou má.
Apenas tirou umas férias, foi conhecer o mar.

Acho que nado contra a corrente.

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