segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Singela e magnânima

[O meu primeiro poema de todos].

 Singela e magnânima,
Punha-se a cantar
Para ver se conseguia
As pedrinhas agradar.

As pedrinhas, no entanto
Consideraram-na metida
Fazendo a pobre garota
Em prantos ser esquecida.

Adormeceu ali por perto,
Com as lágrimas engolidas
Deixando, vejam só!
As pedrinhas muito sentidas.

Na manhã seguinte
Logo estremeceu
A menina, ao ver
O que se sucedeu

As pedrinhas, pequeninas
Resolveram se redimir
Cantavam sua canção
Enquanto ela as via sair.

Estas, para sua surpresa,
Pulavam ilesas
De um infinito penhasco
Para se tornarem estrelas.

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