sábado, 19 de novembro de 2011

Rascunho de cartografia d'alma podre; 25.10.11


Receio, ao meu recurso batido
retornar, querido amigo,
ah! mas que mentira dura é o assim chamar.

só por não ter mais vocativo
audácias tantas, amarguras,
das doiduras os resquícios
[que tua vaidade mantém quistos]
deixarei-os descansar?

Jamais! a vingança que aqui o trago
- que seja, em tom de enfado-
não é mais de meu agrado
fazê-la mansa ou minguar

quero um poema medonho
que atraia cada (teu) sonho
e apresente-o a seu par

e que este equivalente
seja monstro em tua mente
como à minha compactua
[um mar com que condigo]

ferrenha será a desgraça
quando deparares comigo
não mais sã que a tua loucura

mas o teu tormento trará
num momento que o pavor embaça
[que teu monstro com gosto empenha]

ao teu encontro comigo
e no próximo, meu amigo,
um verdadeiro vocativo

e um verdadeiro poema. 

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