Receio, ao meu recurso batido
retornar, querido amigo,
ah! mas que mentira dura é o assim chamar.
só por não ter mais vocativo
audácias tantas, amarguras,
das doiduras os resquícios
[que tua vaidade mantém quistos]
deixarei-os descansar?
Jamais! a vingança que aqui o trago
- que seja, em tom de enfado-
não é mais de meu agrado
fazê-la mansa ou minguar
quero um poema medonho
que atraia cada (teu) sonho
e apresente-o a seu par
e que este equivalente
seja monstro em tua mente
como à minha compactua
[um mar com que condigo]
ferrenha será a desgraça
quando deparares comigo
não mais sã que a tua loucura
mas o teu tormento trará
num momento que o pavor embaça
[que teu monstro com gosto empenha]
ao teu encontro comigo
e no próximo, meu amigo,
um verdadeiro vocativo
e um verdadeiro poema.
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